sábado, 25 de junho de 2011

A Obsessão


“Trata-se do domínio que alguns espíritos  podem exercer sobre certas pessoas.
São sempre espíritos inferiores que procuram dominar, pois os bons não exercem nenhum constrangimento.   Os maus, pelo contrário, agarram-se aos que conseguem prender.  Se chegam a dominar alguém, identificam-se  com o espírito da vítima e a conduzem como se faz com uma criança.” (livro dos Médiuns cap.23:237)

           A obsessão  apresenta caracteres diversos, que é preciso distinguir e que resultam do grau de constrangimento e da natureza dos efeitos que produz. A palavra obsessão é, de certo modo, um termo genérico, pelo qual se designa esta espécie de fenômeno, cujas principais variedades são:
A OBSESSÃO SIMPLES, A FASCINAÇÃO E A SUBJUGAÇÃO.
Compreende-se facilmente a diferença entre a obsessão simples e a fascinação; compreende-se também que os espíritos que produzem  esses  dois fenômenos devem diferir quanto ao caráter. Na primeira, o espírito que atormenta a pessoa é apenas um inoportuno por sua insistência e do qual se deseja  sinceramente se livrar. Na segunda é outra coisa; pois trata-se de uma ilusão produzida pela ação direta do espírito sobre o pensamento do obsediado, paralisando de algum modo sua capacidade de julgar essa ação.  O espírito tem a arte de lhe inspirar a confiança, impedindo-o de verificar a fraude e de compreender o absurdo dos erros que comete, a ilusão pode até lhe fazer ver o sublime na linguagem mais ridícula. Para isso é preciso um espírito hábil, astuto e profundamente hipócrita, pois não pode enganar e se fazer aceitar senão com ajuda da máscara com que se cobre e da falsa aparência da virtude.
A subjugação é uma atormentação que paralisa a vontade daquele que sofre e o faz agir fora da sua normalidade.
A subjugação pode ser moral ou corporal. No primeiro caso, o subjugado é induzido a tomar decisões muitas vezes absurdas, que, por uma espécie de ilusão, acredita serem sensatas.  No segundo caso o espírito age sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários, pode levar a  atos ridículos. (subjugação é para nós o que vulgarmente recebe o nome de possessão.)

Os sintomas que caracterizam a obsessão variam de caso para caso, desde simples efeitos morais, passando por manias, fobias , mudanças de comportamentos psíquico, subjugação do corpo físico, até uma completa desagregação da normalidade psicológica.
Existe uma série de dificuldades desencadeadas por espíritos obsessores,  atingindo a todos,  portadores de  mediunidade ostensiva ou não,  abaixo indicamos sintomas que podem ser indicadores de processos obsessivos, se permanecerem constantes em uma pessoa, pode-se suspeitar  que esteja sob o império da obsessão.  Vejamos:

Depressão, angústia, tristeza, choro fácil, sem motivo justo;
Irritação e nervosismo intenso e as vezes prolongado;
Doenças fantasmas, sem causa aparente;
Tendências  ao vício;  agressividade além do normal;
Idéias estranhas, diferentes das suas normais, e até violentas;
Desentendimentos familiares, por causas pequenas;
Vontade de agredir violentamente e de morrer;
Abandono da vida social ou familiar;
Ruídos estranhos à própria volta, visão freqüente ou esporádica de vultos.
Impressão de ouvir vozes, toques no corpo, visões, cheiros, arrepios, tiques nervosos....


Uma pessoa, pode sentir qualquer dos sintomas acima, sem que esteja sendo vítima da obsessão. O que caracteriza o fenômeno obsessivo é a insistência desses estados mórbidos.   Por exemplo, a depressão pode vir acompanhada de transtornos obsessivos, porém o desequilíbrio pode ser decorrente de trauma de infância, de vidas passadas ou o que é mais comum, de ambas, tal distonia muitas vezes requer tratamentos psicoterápicos específico, junto a profissionais gabaritados. (de preferência espiritualista)
Ainda no campo dos sintomas, pode-se afirmar  que nas simples influenciações espirituais, as entidades envolvidas  normalmente são espíritos sofredores ou ignorantes que podem ser afastados facilmente, através  de tratamentos  com passe e evangelização.
Nas obsessões provocadas  por espíritos  maus é diferente. Os sintomas apresentam-se com tendências agravantes e doentias. Observa-se uma insistência da entidade em agredir o obsediado ou interferir na sua mente, afetando sua normalidade.

É possível que alguém já tenha ouvido. “você tem mediunidade e enquanto não desenvolvê-la passará por uma série de dificuldades e problemas.”
Na verdade, a causa das dificuldades não determina os sofrimentos-sócio-psico-físicos por que os homens costumam passar. Se fosse assim todos teriam problemas, pois somos todos médiuns.

Algumas mediunidades são mais ostensivas e captam mais as influências do mundo extrafísico.  Estas influências só chegam até nos, por um mecanismo denominado de sintonia espiritual. Se nossa sintonia estiver captando energias pesadas, certamente estamos sofrendo influências de espíritos inferiores ou sofredores e a esse processo damos o nome de obsessão.
Quanto ao desenvolvimento dos canais de intercâmbio espiritual (mediunidade)  veja o que nos diz o instrutor espiritual Emmanuel, no livro O Consolador. “O obsidiado que entrega o corpo, sem resistência moral, às entidades ignorantes e perturbadoras, é como o artista que, imprevidente, entregasse seu precioso violino a um malfeitor, para um belo dia, larga-lo esfacelado sem que o legítimo e descuidado dono pudesse utiliza-lo  nas nobres e sagradas finalidades da vida.”
O desenvolvimento da mediunidade só deve ocorrer, depois  do tratamento espiritual, não com o objetivo de ficar livre da mediunidade ou das dificuldades, mas, para ser útil na obra de regeneração do mundo. Ao desenvolvermos a mediunidade com CRISTO, ela se transforma em bênçãos e alegrias.

PORQUE ACONTECE ESSES PROCESSOS OBSESSIVOS?

Certamente, não somos vítimas inocentes ou  somos atingindos por acaso e, sim, estamos sujeitos á lei de causa e efeito, sendo que o importante não é o sofrimentos que nos visita e, sim nossa reação pessoal diante dele.
Todos temos nossos desafetos espirituais que podem ser parentes, sócios ou conhecidos que lesamos ou  cometemos outras atrocidades em vidas passadas, e o mesmo procura fazer justiça através da vingança.  A lei de DEUS é sempre justa, a plantação é livre e colheita é obrigatória.
Não há atalhos para as conquistas espirituais, é preciso esforço continuado no auto aprimoramento.  É a lei para todos.
Devemos considerar os obsessores como irmãos necessitados, vitimas de nossa ignorância, antigos companheiros que prejudicamos e hoje se dedica à vingança.
Desejam fazer todo mal possível, e para isso se informaram e conhecem técnicas eficientes de hipnotismo, magnetismo, psicologia e etc. procuram se passar despercebidas, para evitar nossa defesa.

As ações dos obsessores podem ocorrer de duas formas, a saber: 

Ação direta:   modificam nossos pensamentos ou nossas idéias. Alteram nossa memória,
Fazendo-nos esquecer coisas boas e importantes e nos lembrar das que gostaríamos de esquecer. Intensificam nossas emoções, causando descontrole e instabilidade. Alteram nossa vontade, por vezes, encaminhado-nos a decisões maldosas, perversas até, totalmente contrárias ao nosso procedimento atual. Agridem-nos nos desdobramentos noturnos, causando pesadelo ou insônia. Colocam, sobre nós, substâncias fluídicas prejudiciais e não raras às vezes, acoplam-se conosco, transferindo-nos seus fluídos doentios e maléficos, que nos provocam os seus próprios sintomas desagradáveis.

Ação indireta: através da ação indireta, induzem as pessoas de nosso convívio a nos agredirem, ofenderem ou até mesmo violentarem.
Estimulam brigas em família por motivos insignificantes, induzem os outros a ouvirem palavras que não dissemos. Aproximam de nos espíritos doentes, com algum tipo de problema emocional ou físico parecido com o nosso, afim de aumentar nosso desequilíbrio. Providenciam ainda magnetizadores desencarnados e especializados, que nos atacam  com seus fluídos específicos causando grande mal.
Desencadeiam sobre nos, toda ordem de males sociais, buscando conseguir que nada dê certo em nossas vidas.
Então como exposto acima, todos estamos sujeitos a sermos lesados ou prejudicados, direta ou indiretamente, por espíritos ignorantes,  no próximo encontro veremos como nos proteger.

Palestra proferida no Grupo Espírita Centelha de Luz

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