quinta-feira, 30 de junho de 2011

"O CASAMENTO"

“O CASAMENTO”
São  19:00 h do último dia do 1º semestre 2011, (noite fria) estou aguardando uma paciente de reiki, acho que ela não vem, enquanto espero estou pensando em minha esposa, que neste momento está trabalhando. Haaa ... como é bom ser casado,  pensar em alguém, saber que alguém  pensa em mim. Casamento é bom, nestas noites frias então...
Mas será que todos comungam nesta mesma opinião? Com certeza não. Fosse assim não teríamos tantos casamentos desfeitos.
Mas,... se é bom por que não dura?
Vamos por partes:
Casamento não só é bom como é essencialmente necessário, pois a manutenção e conservação do ser humano neste planeta depende da união do casal; a partir dessa união é que se forma as famílias, as comunidades, as cidades , a população do planeta. Sendo tão necessário, porém falho, podemos concluir que as falhas ocorrem por parte dos humanos. O que está acontecendo?
Observando a sociedade atualmente constituída e seus costumes constata-se  que o casamento tem início a partir de alguns fatores:
Num dado momento um rapaz se interessa por uma moça ou vice versa, devido a um determinado tipo de atração.  EX.: beleza física, capacidade financeira, desenvoltura social.
Logo, se os requisitos básicos são preenchidos, dizem-se apaixonados e, se as duas partes conseguem sustentar   “as aparências;” breve estarão trocando alianças. Para tanto, marcam local, hora, data, ornamentam todo o ambiente, de preferência um belo templo, uma histórica igreja, acertam todos os detalhes para encantar os vários convidados, uma bela cerimônia, um espetáculo, com fotos, filmagens e outros registros, passado algum tempo, não muito, a paixão desaparece consumida pela rotina, pelos compromissos da convivência, agora não tem mais “aparências” é um pelo outro ou um contra o outro, em alguns casos,(não são poucos) as juras de eterno amor em bela cerimônia diante dos convidados e testemunhas cai no esquecimento.
Esqueceram ou nem conheceram o principal ingrediente mantenedor dessa união:
O AMOR!!
Amor!!  Quem falou em amor. Há sim, eram apaixonados, aquele sentimento que faz o coração bater mais rápido quando estão juntos, que faz o rosto corar nos momentos de encontro, isso era paixão e, paixão dura pouco.
Não vamos confundir paixão com amor, podemos sim transformar paixão em amor.
Paixão passa rápido, desgasta, acaba.  Amor, cresce, fortalece, permanece.
Amor se constrói com o tempo, com paciência, conhecendo e compreendendo um ao outro, de forma profunda, através  do respeito,  do diálogo, da amizade, da sinceridade, da tolerância, do compromisso, da admiração, da capacidade de ceder,  todos esses ingredientes devem envolver uma relação (união), lembrando que o casamento é de dois e não de um . Muitos querem   cobrar de seu companheiro(a), mas não fazem sua parte, isso não dá certo,mas se ambos fizerem, com certeza a união se fortalece e não se acaba.
Lembrando JESUS que disse aos fariseus, segundo o que está escrito pelo evangelista Marcos no capítulo 10 v 9 “o que DEUS uniu não o separe o homem.”
Pois a lei de DEUS que atrai as criaturas é o amor.
As pessoas de modo geral têm a inocência de acreditar que recebendo as bênçãos em um templo religioso, coroada com belas palavras sua união será feliz para sempre, esquecendo de fazer a sua parte, construir o amor dentro de seu próprio templo íntimo.
Observe que JESUS disse: o que DEUS uniu e não o que a igreja uniu, e reafirmo  DEUS PROMOVE A UNIÃO ATRAVÉS DO AMOR.
Quem quer ter um casamento (união) abençoada por DEUS, necessário é que desenvolva o amor dentro do lar e da própria intimidade, os ingredientes  já citei anteriormente.
Olha só, são 8:00 h ,minha paciente não apareceu, conforme já suspeitava.

“Feliz é o ser que sabe respeitar as leis de DEUS.!!”
Abraços, Geraldo.!

terça-feira, 28 de junho de 2011

DEPRESSÃO MELANCÓLICA


Assim iniciei minha fala em palestra pública realizada no Grupo Espírita Centelha de Luz na noite de 25/06/2011. (assunto  =  A MELANCOLIA )
Boa noite, a todos, que a paz  de nosso mestre Jesus Cristo conforte  todos os corações presentes  hoje e sempre!!!
(e continuei...)
Sabeis porque, por  vezes uma vaga tristeza se apodera de vossos corações e os faz sentir amarga a vida?   É que  o vosso espírito que aspira à felicidade e à liberdade se encontra ligado ao corpo que lhe serve de prisão....
Assim inicia, um dos espíritos consoladores que contribuíram para a implantação das bases da doutrina espírita, o item 25 do CAP 5 do Evangelho Segundo o Espiritismo.
Esse item 25 recebeu o título de A MELANCOLIA, então vamos fazer uma reflexão sobre esse sentimento, que todos nós, em um momento da nossa existência vamos experimentar, nosso estágio evolutivo nos remete a isso.  A melancolia foi termo muito usado no passado, sua aplicação mudou um pouquinho dentro da nossa linguagem atual. Veja que à época dos estudos das desorganizações e desequilíbrios da mente humana pelo DR. Sigmund Freud onde se criava a psicanálise, ele (Freud) usou muito esse termo, escreveu a respeito, fez associação ao mesmo sentimento que temos no luto, chegou a escrever melancolia como sinônimo de depressão, teve momento que serviu da palavra para designar um tipo de depressão. (depressão melancólica)  Depois  de Freud, seus seguidores chegou mesmo a abandonar o termo, usando somente depressão, para classificar diversos tipos de desequilíbrios do estado psicológico humano.   Nos dias atuais usamos a palavra melancolia somente para designar um estado de tristeza momentâneo, obtido através de alguma causa (fato gerador) que o levou a uma desorganização psíquica.
Exemplos: luto, diagnóstico de uma doença grave, incurável, término de um relacionamento, mudanças hormonais, (períodos pré e pós mentrual,  pós parto) sentimento de inferioridade, derrota nos negócios,  etc. Todas essas causas leva o ser a um estado de tristeza que pode ser classificado como melancolia; mas essa tristeza deverá se dissipar após alguns dias, pois durando um tempo maior,  acima de algumas semanas certamente será classificada e tratada como depressão.  Nesses casos considerados como depressão deve-se procurar ajuda profissional .(Psicólogo, Psiquiatra ou terapeuta da  área.)
Quando não se obtém êxito nessa busca,  ou seja mesmo depois de ter passado por esses profissionais e os sintomas não cedem, deve-se recorrer  a busca do auxilio espiritual, pois depressão, melancolia e outras doenças diversas podem ter sua origem nos porões do inconsciente, guardadas de acontecimentos ocorridos em vidas passadas e que vem a tona nesta existência, não como forma de castigo, mas sim como  oportunidade. È verdade, oportunidade de reflexão e transformação do ser, pois há ,e não são poucas, pessoas que só pensam em modificar alguma coisa na vida quando a dor faz o convite.
Quantas pessoas jamais conheceriam um centro espírita não fosse pela dor, e chegando lá imaginam uma coisa e percebem que é outra totalmente diferente, e logo vai dizendo se eu soubesse teria vindo há mais tempo, assim é a dor, nos leva a caminhos que não projetamos mas que são necessários às nossas experiências.
Veja que em casos assim a depressão serve como porta de entrada para novos conhecimentos e possibilidades de refazimento,  e o que parecia trágico não é, é apenas mais uma oportunidade que a providência divina coloca no nosso caminho.
Estudos atuais apontam dados estatísticos alarmantes:
9,5% da população mundial sofre algum tipo de depressão, só nos EUA são 19 milhões de pessoas, entre crianças, jovens e adultos, dos dois sexos , sendo que para  o número de mulheres é sempre o dobro dos homens  atingindos,  provavelmente devido a questões hormonais.
Posso indicar com segurança, se você passou por algum fato gerador, já citado anteriormente e sofre os sintomas do tipo: tristeza constante, insônia, baixa auto estima,pensamentos negativos (como suicídio) dores de cabeça, falta de apetite, falta de desejo  de contatos sociais e outros , procure imediatamente ajuda profissional, se você já procurou e os sintomas continuam procure ajuda espiritual (através  de um centro espírita sério.)
Qualquer que tiver passando por uma tormenta , tem o direito e o dever de procurar a solução, mas é preciso persistir, conforme Jesus nos indica  na escrita do apóstolo Mateus cap.24:13 (“Aquele que perseverar até o fim será salvo”)   veja que a perseverança precisa ir até o fim do problema,mesmo que este problema dure muito tempo, as vezes tornando-se transcendental, mas não podemos desistir jamais.
O problema da melancolia, da tristeza, da depressão é complexo, mas tem solução só depende da ação de cada um, e lembre-se:  persistir sempre na busca da solução.
“Feliz é o ser que tem problemas, pois é assim que crescemos e evoluímos”
Abraços, Geraldo.!!!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O 1º MANDAMENTO


CAP XI  E.S.E. AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO
 
O ser humano é certamente um ser em aprendizado neste planeta, se observarmos a trajetória histórica da humanidade, veremos que  o homem aprendeu muito, durante os vários anos de sua existência neste planeta.  Podemos  interrogar  como é que se processa um aprendizado?   Todo aprendizado ocorre à partir  de uma observação de fatos, de acontecimentos que ocorrem em volta da humanidade, a ciência fez  grandes descobertas, grandes invenções, observando e experimentando fatos, avançando sempre,  com tanto esforço,  hoje já somos dotados de uma capacidade de raciocínio melhor do que  nossos antepassados,  por isso somos capazes, de, mesmo de uma forma simples,  entender  como Deus age em nossas vidas nos beneficiando e beneficiando a harmonia universal.
Vamos fazer juntos um exercício de raciocínio, e, vamos buscar entender como Deus nos beneficia em seu grande amor.
Kardec nos propõe na Gênese , último livro de sua série,(1867)  que Deus não se mostra mas se revela através de suas obras.  Então  como Deus se revela?
Podemos citar vários exemplos  bem práticos, temos um planeta com amplos recursos de sobrevivência, natureza abundante e assim em muitos aspectos podemos sentir a revelação divina.
Na Gênese bíblica de uma forma poética, Deus diz faça-se o homem à minha imagem e semelhança,  uma grande prova de amor de Deus aos seus filhos pois demonstra que Deus nos quer como ele.
Com o passar dos milênios, o homem num estado mais espiritualizado e necessitando de orientação, através do que está na bíblia numa linguagem direta,  Deus comunica a Moisés e dentro do que já sabemos , na tábua dos 10 mandamentos o 1º é AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS, então ,nesse mandamento , a sugestão do amor para nossa caminhada.
Passado muitos anos, vem JESUS, enviado de Deus a nos amparar e mostrar o caminho e disse que não veio destruir a lei e sim dar cumprimento  a já existente,e num ato de facilitar as coisas faz um resumo de toda a lei e proclama  Ame a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo  com isso mais uma vez o caminho para a humanidade é mostrado, e qual é esse caminho?  O AMOR.
Com o passar do tempo eis que surge em 1857 em Paris  a codificação da doutrina espírita, não com uma proposta pra mudar nada, mas pra reviver os ensinamentos de Jesus que já dava sinais de fraqueza, e só pra confirmar. Qual é a proposta da doutrina espírita?  Que possamos viver com base em amor, justiça e caridade.
Observemos ai que à maneira que o homem se desenvolve os ensinamentos vão aparecendo e sempre com um mesmo foco,  de que caminho o homem deve seguir:  O AMOR.
Acho que quanto a isso não se tem dúvida, agora precisamos raciocinar de como entendemos o amor. Será que estamos entendendo esse amor de forma correta? Certamente cada pessoa tem uma definição  para o amor,  o que de uma certa forma está correto pois cada um  entende de acordo com seu grau evolutivo.
No livro dos espíritos questão 888ª numa instrução do espírito de Vicente de Paulo  ele diz que o Amor é lei divina que governa os mundos, e que entre os seres vivos o amor é lei de atração, e a atração é lei de amor para a matéria orgânica.  Concluímos com isso que se um planeta forma-se à partir da agregação de partículas através de uma lei de atração, então podemos afirmar que o princípio de um planeta se dá através de lei do amor.  O amor é um sentimento natural, todos nós temos, cada um usa de acordo com seu padrão evolutivo,  chegará o dia que amaremos de  forma espontânea, assim como respiramos, então estaremos num mundo feliz e bem aventurado.  Conforme Jesus nos mostrou o caminho, é preciso amar  o próximo como a si mesmo, é preciso amar até mesmo os inimigos, para que possamos ser bem aventurados, ou felizes, então se ainda não estamos nessa condição de felicidade plena, de bem aventuranças, certamente, ainda não praticamos essa lei do amor em sua totalidade, todos vivem envolvidos com essa energia, porém cada um expressa esse sentimento  de uma ou outra forma, são várias modalidades de amor que podemos citar, amor de mãe, amor de pai, amor de filho, amor de irmão, amor de marido e mulher, amor de namorados, amor egoísta, amor limitado só aos nossos familiares, amor mais amplo, mais abrangente, que consegue sair de dentro  dos laços de uma família e se estende a toda uma comunidade ou nação, todos esses sentimentos são fragmentos do grande amor universal que Deus nos dedica, que à maneira que vamos juntando esses fragmentos e vamos aumentando nossa capacidade de amar  vamos também adquirindo virtudes como, paciência, tolerância, respeito, humildade, perdão, felicidade, e caridade que na verdade caridade sem amor nada é ou quase nada vale.  Quem vive com essas virtudes é um bem aventurado.  
Todos nós temos capacidade de amar, porque o amor é uma centelha divina que habita dentro de cada ser que gravita por este infinito universo.
Observando os astros vemos uma harmonia constante, que só é possível porque essa energia está presente, vibrando em todos os quadrantes do universo, não existe comunidade, aglomeração ou qualquer outro tipo de organização que não esteja submetida a essa lei de amor, imagine se existisse alguma comunidade, onde imperasse a  lei do ódio, que desastre seria?
Não, não, isso não é possível, só o amor é capaz de construir, erguer, seguir adiante, evoluir, envolvidos neste contexto universal todos nós amamos de alguma forma, se não temos uma vida cheia de virtudes e não vivemos em estado de felicidade é porque não estamos amando da maneira correta, ou estamos fazendo mal uso da lei do amor, conforme foi proposta por aquele que é nosso modelo e guia, Jesus (amando o próximo como a si mesmo.)  com certeza as portas de nossos corações estão sempre abertas à renovação transformadora, possibilitando-nos entrar em contacto com essa energia de amor e modificar as nossas ações em nosso próprio benefício.
Basta fazermos um exame, através da observação de nossa conduta, analisando como estamos convivendo com nosso próximo, como é nosso comportamento? Tem sido afetuoso, tem tratado todos com carinho, respeito? E mudar aquilo que for preciso, conscientizando de que o que estamos vivendo hoje é fruto de nossa própria conduta no passado. Pois hoje estamos construindo o que seremos amanhã e essa construção é feita de forma lenta, mas precisa ser progressiva, não podemos ficar estacionados esperando o tempo passar.

“O verdadeiro caminho para a felicidade é o Amor.”
   Abraços, Geraldo.

O PERDÃO DAS OFENSAS

REFERENCIA EVANGÉLICA:  MATEUS CAP 18 V 21, 22

Estava Jesus em conversação, à orientar seus apóstolos, quando foi interrompido por Pedro, este estava preocupado com a problemática do relacionamento, junto aos seus companheiros, então Pedro interrogou; Senhor! quantas vezes devo perdoar meu irmão dos pecados cometidos, seriam sete vezes? E Jesus responde: não te digo sete vezes mas sim setenta vezes sete vezes.

Jesus neste momento quis mostrar a Pedro e a seus seguidores que o perdão é necessário não um número limitado de vezes mas sim em quantidade compatível com a necessidade.   Este ensinamento foi catalogado pelo apóstolo Mateus em seus escritos, o que mais tarde viria o compor o evangelho de Mateus.

Mas nós como aprendizes dos ensinamentos de Jesus ainda estamos longe de praticar esse perdão tantas vezes forem necessárias, temos até mesmo dificuldade de compreender o que é de fato perdoar, confundimos o significado do perdão,  achamos que perdoar é permitir e compactuar com erros, e não é por ai, se temos um comportamento permissivo ao erro estamos sendo omissos, quando o correto seria convidar nosso irmão que está em erro a refletir sobre suas ações equivocadas.
Também podemos pensar que perdoar é esquecer a ofensa completamente, o que não é possível, pois somos dotados de memória e não é possível apagar da memória fatos ocorridos em nossas vidas, principalmente fatos marcantes, como pequenas e grandes frustrações, esse esquecimento só é possível para as grandes almas e nós não estamos incluídos neste patamar, seria hipocrisia dizer que esquecemos.   Imagine uma mãe esquecer que teve um filho brutalmente assassinado, um pai esquecer que teve uma filha violentada, uma esposa esquecer que foi traída pelo marido e vice versa.
Então como seria vivenciar o perdão com os recursos morais que temos?
Primeiro é preciso entender que, perdão não um acontecimento isolado, automático; fui ferido e imediatamente perdoei, não, não é assim, perdão é antes de tudo uma escolha, um aprendizado, um processo, uma disposição intima de vencer um obstáculo que nos prejudica, quando recebemos uma ofensa, é preciso  refletir, digerir, para em seguida poder buscar formas de não sentir magoa nem raiva, nem desejo de vingança, nem ressentimento, podendo ás vezes até conviver com a pessoa. Mas o que é mais importante é buscar compreensão e entendimento da falha do outro, entender que se o  outro falha, nós também falhamos e precisamos do entendimento dos outros, do perdão dos outros, e é perdoando que se é perdoado.
Quem desenvolve essa capacidade está trabalhando em seu benefício, promovendo a cura da alma, prevenindo doenças no corpo. Em uma pesquisa realizada na Universidade da Califórnia em São Francisco EUA,  para associar a influência de fatores psicológicos aos processos de diversos tipos de tumores malignos, os pesquisadores chegaram à conclusão de que  a maioria dos pesquisados tinham uma característica comum; haviam passado por traumas emocionais na 1ª idade: eram filhos de pais violentos, pais estes que descarregavam sua raiva neles , mais tarde esse indivíduo que teve, enquanto na idade infantil, uma mágoa gravada no inconsciente, novamente, já na fase adulta, um novo desgosto, uma nova mágoa, por exemplo um casamento acabado, causando muito sofrimento. A perda de um ente querido, não conseguindo assimilar a dor é mais um exemplo. Portanto, faltou a capacidade de se perdoar e perdoar aquele que lhe causou mal, desencadeando o processo tumoral.

O perdão também é caridade, a bandeira do espírita é: "Fora da caridade não há salvação", e dentro do movimento espírita, nós vemos  um exercício constante em busca de promover a caridade, é uma cesta básica aqui, é um sopão acolá, compra-se um remédio,
Doa-se roupas, brinquedos e tantos outros donativos, porém relembrando Kardec, já nos últimos dias de sua existência terrena, nos escritos  da revista espírita Dezembro 1868, ele divide a caridade em duas, a caridade beneficente, e a caridade benevolente: sendo a caridade beneficente essa, das cestas, dos remédios, do assistencialismo material  e a caridade benevolente, essa que compreende as fraquezas morais do próximo, que entende que se uma pessoa erra e nos prejudica, muitas vezes é mais por ignorância do que por maldade, é saber se colocar no lugar do outro, e isso é muito difícil, mas não é impossível , é preciso iniciar a prática, se de fato praticássemos o perdão, evitaríamos muitas coisas negativas em nossas vidas, por exemplo: vamos refletir: os hospitais, estão cheios; muitos dos que ali se encontram teve inicio de suas enfermidade pela falta de perdão, várias doenças iniciadas através dos desarranjos psicológicos poderiam ser evitadas de houvesse perdão. As cadeias estão cheias sem espaço pra mais ninguém, celas que comportam 6 com 40 pessoas ou até mais, essa realidade poderia ser diferente se houvesse o perdão, os tribunais de justiça estão super lotados de processos aguardando julgamento, a realidade seria outra se os seres se perdoassem  uns aos outros, famílias se desmantelam pela falta de perdão, de compreensão e entendimento. Desde os primeiros momentos da convivência do casal, onde se formará nova família, inicia os desentendimentos, é marido que não aceita a forma de vestir da esposa, é esposa que não aceita saídas do marido com os amigos, e , pela falta de entendimento e compreensão, mais um casamento será desfeito.
Devido a esses comportamentos do olho por olho dente por dente, ainda hoje, mais de 2000 anos depois da orientação do Mestre Jesus ainda não sabemos o que de fato é perdoar as ofensas praticadas por nossos irmãos de jornada. Nem sabemos como modificar isso.
 Você que está lendo este texto neste momento, pode fazer diferente, buscando formas de compreensão, entendimento e perdão, modificando o seu ambiente e o do próximo.

“Dificuldades todos temos, não podemos deixar faltar fé e esperança.”

Um abraço, Geraldo.

sábado, 25 de junho de 2011

A Obsessão


“Trata-se do domínio que alguns espíritos  podem exercer sobre certas pessoas.
São sempre espíritos inferiores que procuram dominar, pois os bons não exercem nenhum constrangimento.   Os maus, pelo contrário, agarram-se aos que conseguem prender.  Se chegam a dominar alguém, identificam-se  com o espírito da vítima e a conduzem como se faz com uma criança.” (livro dos Médiuns cap.23:237)

           A obsessão  apresenta caracteres diversos, que é preciso distinguir e que resultam do grau de constrangimento e da natureza dos efeitos que produz. A palavra obsessão é, de certo modo, um termo genérico, pelo qual se designa esta espécie de fenômeno, cujas principais variedades são:
A OBSESSÃO SIMPLES, A FASCINAÇÃO E A SUBJUGAÇÃO.
Compreende-se facilmente a diferença entre a obsessão simples e a fascinação; compreende-se também que os espíritos que produzem  esses  dois fenômenos devem diferir quanto ao caráter. Na primeira, o espírito que atormenta a pessoa é apenas um inoportuno por sua insistência e do qual se deseja  sinceramente se livrar. Na segunda é outra coisa; pois trata-se de uma ilusão produzida pela ação direta do espírito sobre o pensamento do obsediado, paralisando de algum modo sua capacidade de julgar essa ação.  O espírito tem a arte de lhe inspirar a confiança, impedindo-o de verificar a fraude e de compreender o absurdo dos erros que comete, a ilusão pode até lhe fazer ver o sublime na linguagem mais ridícula. Para isso é preciso um espírito hábil, astuto e profundamente hipócrita, pois não pode enganar e se fazer aceitar senão com ajuda da máscara com que se cobre e da falsa aparência da virtude.
A subjugação é uma atormentação que paralisa a vontade daquele que sofre e o faz agir fora da sua normalidade.
A subjugação pode ser moral ou corporal. No primeiro caso, o subjugado é induzido a tomar decisões muitas vezes absurdas, que, por uma espécie de ilusão, acredita serem sensatas.  No segundo caso o espírito age sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários, pode levar a  atos ridículos. (subjugação é para nós o que vulgarmente recebe o nome de possessão.)

Os sintomas que caracterizam a obsessão variam de caso para caso, desde simples efeitos morais, passando por manias, fobias , mudanças de comportamentos psíquico, subjugação do corpo físico, até uma completa desagregação da normalidade psicológica.
Existe uma série de dificuldades desencadeadas por espíritos obsessores,  atingindo a todos,  portadores de  mediunidade ostensiva ou não,  abaixo indicamos sintomas que podem ser indicadores de processos obsessivos, se permanecerem constantes em uma pessoa, pode-se suspeitar  que esteja sob o império da obsessão.  Vejamos:

Depressão, angústia, tristeza, choro fácil, sem motivo justo;
Irritação e nervosismo intenso e as vezes prolongado;
Doenças fantasmas, sem causa aparente;
Tendências  ao vício;  agressividade além do normal;
Idéias estranhas, diferentes das suas normais, e até violentas;
Desentendimentos familiares, por causas pequenas;
Vontade de agredir violentamente e de morrer;
Abandono da vida social ou familiar;
Ruídos estranhos à própria volta, visão freqüente ou esporádica de vultos.
Impressão de ouvir vozes, toques no corpo, visões, cheiros, arrepios, tiques nervosos....


Uma pessoa, pode sentir qualquer dos sintomas acima, sem que esteja sendo vítima da obsessão. O que caracteriza o fenômeno obsessivo é a insistência desses estados mórbidos.   Por exemplo, a depressão pode vir acompanhada de transtornos obsessivos, porém o desequilíbrio pode ser decorrente de trauma de infância, de vidas passadas ou o que é mais comum, de ambas, tal distonia muitas vezes requer tratamentos psicoterápicos específico, junto a profissionais gabaritados. (de preferência espiritualista)
Ainda no campo dos sintomas, pode-se afirmar  que nas simples influenciações espirituais, as entidades envolvidas  normalmente são espíritos sofredores ou ignorantes que podem ser afastados facilmente, através  de tratamentos  com passe e evangelização.
Nas obsessões provocadas  por espíritos  maus é diferente. Os sintomas apresentam-se com tendências agravantes e doentias. Observa-se uma insistência da entidade em agredir o obsediado ou interferir na sua mente, afetando sua normalidade.

É possível que alguém já tenha ouvido. “você tem mediunidade e enquanto não desenvolvê-la passará por uma série de dificuldades e problemas.”
Na verdade, a causa das dificuldades não determina os sofrimentos-sócio-psico-físicos por que os homens costumam passar. Se fosse assim todos teriam problemas, pois somos todos médiuns.

Algumas mediunidades são mais ostensivas e captam mais as influências do mundo extrafísico.  Estas influências só chegam até nos, por um mecanismo denominado de sintonia espiritual. Se nossa sintonia estiver captando energias pesadas, certamente estamos sofrendo influências de espíritos inferiores ou sofredores e a esse processo damos o nome de obsessão.
Quanto ao desenvolvimento dos canais de intercâmbio espiritual (mediunidade)  veja o que nos diz o instrutor espiritual Emmanuel, no livro O Consolador. “O obsidiado que entrega o corpo, sem resistência moral, às entidades ignorantes e perturbadoras, é como o artista que, imprevidente, entregasse seu precioso violino a um malfeitor, para um belo dia, larga-lo esfacelado sem que o legítimo e descuidado dono pudesse utiliza-lo  nas nobres e sagradas finalidades da vida.”
O desenvolvimento da mediunidade só deve ocorrer, depois  do tratamento espiritual, não com o objetivo de ficar livre da mediunidade ou das dificuldades, mas, para ser útil na obra de regeneração do mundo. Ao desenvolvermos a mediunidade com CRISTO, ela se transforma em bênçãos e alegrias.

PORQUE ACONTECE ESSES PROCESSOS OBSESSIVOS?

Certamente, não somos vítimas inocentes ou  somos atingindos por acaso e, sim, estamos sujeitos á lei de causa e efeito, sendo que o importante não é o sofrimentos que nos visita e, sim nossa reação pessoal diante dele.
Todos temos nossos desafetos espirituais que podem ser parentes, sócios ou conhecidos que lesamos ou  cometemos outras atrocidades em vidas passadas, e o mesmo procura fazer justiça através da vingança.  A lei de DEUS é sempre justa, a plantação é livre e colheita é obrigatória.
Não há atalhos para as conquistas espirituais, é preciso esforço continuado no auto aprimoramento.  É a lei para todos.
Devemos considerar os obsessores como irmãos necessitados, vitimas de nossa ignorância, antigos companheiros que prejudicamos e hoje se dedica à vingança.
Desejam fazer todo mal possível, e para isso se informaram e conhecem técnicas eficientes de hipnotismo, magnetismo, psicologia e etc. procuram se passar despercebidas, para evitar nossa defesa.

As ações dos obsessores podem ocorrer de duas formas, a saber: 

Ação direta:   modificam nossos pensamentos ou nossas idéias. Alteram nossa memória,
Fazendo-nos esquecer coisas boas e importantes e nos lembrar das que gostaríamos de esquecer. Intensificam nossas emoções, causando descontrole e instabilidade. Alteram nossa vontade, por vezes, encaminhado-nos a decisões maldosas, perversas até, totalmente contrárias ao nosso procedimento atual. Agridem-nos nos desdobramentos noturnos, causando pesadelo ou insônia. Colocam, sobre nós, substâncias fluídicas prejudiciais e não raras às vezes, acoplam-se conosco, transferindo-nos seus fluídos doentios e maléficos, que nos provocam os seus próprios sintomas desagradáveis.

Ação indireta: através da ação indireta, induzem as pessoas de nosso convívio a nos agredirem, ofenderem ou até mesmo violentarem.
Estimulam brigas em família por motivos insignificantes, induzem os outros a ouvirem palavras que não dissemos. Aproximam de nos espíritos doentes, com algum tipo de problema emocional ou físico parecido com o nosso, afim de aumentar nosso desequilíbrio. Providenciam ainda magnetizadores desencarnados e especializados, que nos atacam  com seus fluídos específicos causando grande mal.
Desencadeiam sobre nos, toda ordem de males sociais, buscando conseguir que nada dê certo em nossas vidas.
Então como exposto acima, todos estamos sujeitos a sermos lesados ou prejudicados, direta ou indiretamente, por espíritos ignorantes,  no próximo encontro veremos como nos proteger.

Palestra proferida no Grupo Espírita Centelha de Luz