quinta-feira, 10 de maio de 2012

INIMIGOS


INIMIGOS DESENCARNADOS
Ao observarmos o comportamento do ser humano, desde os primeiros momentos da história, inclusive no contexto bíblico podemos comprovar que o homem está sempre em conflito. Conforme  relatos do velho testamento o patriarca Abraão já contava com 75 anos de idade, casado com Sara, que era infértil para a maternidade,estava  preocupado,  pois  recebera  a missão de liderar seu povo e deveria deixar um herdeiro para complementar sua obra. Em acordo com a esposa manteve um relacionamento extra conjugal com a criada Agar,  desse relacionamento nasceu um  filho, Ismael, criado até os 14 anos com a promessa que seria o sucessor do pai. Para surpresa de Abraão quando já contava com 99 anos de idade Sara é premiada com a maternidade e nasce Isaac, então o filho legítimo do casal passa ser o alvo da atenção de todos,  pois será ele agora o novo sucessor. Ismael e sua mãe Agar começa a fazer cobranças a Abraão  que incomodado com a situação os expulsa de casa, os mesmos vão viver no deserto junto ao nômades. Alguns estudiosos da atualidade  dizem que a partir daí começou os conflitos que se arrastam até nossos dias entre  Árabes e  Judeus ou olhando de outro prisma Israel e Líbano. Se esse relato é verdadeiro não se sabe e nem é relevante, o que importa para nossa reflexão é que o homem sempre vive em guerra, ao longo da história da humanidade vamos encontrar diversos capítulos destes conflitos.
Alguns exemplos:
 Quando Jesus encarnou no planeta com suas propostas de modificação da humanidade através do amor, do perdão das ofensas, de amar os inimigos, e fazer o bem a quem nos faz mal,  foi julgado , condenado e crucificado.
O jovem Saulo de Tarso ferrenho perseguidor dos seguidores de Jesus quando em viagem a Damasco diante de uma visão da realidade incontestável do mestre, promove uma completa conversão em sua vida, passando a divulgar e vivenciar os ensinamentos daquele que até então era ilusão, por essa atitude é massacrado, chicoteado e por fim é decapitado em Roma.
O líder indiano Mahatma Gandhi por promover o movimento de libertação de sua nação sem violência e ensinar o povo a exigir, mas mantendo  a paz, sofreu atentado a bomba e morreu vítima de atentado a tiros.
Nos  Estados Unidos da América,  no ano de 1968 morre  vítima de atentado a tiros  o líder negro Martin Luther King,  só porque quis defender o direito de igualdade entre brancos e negros em seu País.
Se por um lado homens que defenderam o amor, a paz, a igualdade de direitos encontraram inimigos,  imagine aqueles que trouxeram a guerra, a discriminação e a violência.
Adholf Hitler  com seu partido nazista dizimou inúmeros Judeus, contraindo também diversos inimigos, morreu vitima da ação dos inimigos desencarnados atuando nas ondas do pensamento levando-o ao suicídio.
Saddam Husseim, ditador iraquiano, tanto fez  que foi enforcado em praça pública na sua própria nação.
Osama Bin Laden, revolucionário árabe, foi caçado como um animal até finalizar seus dias frente a pesado armamento do exército americano.
Desta forma o homem segue seus dias defendendo seus interesses e provocando a ira dos que não comungam da mesma ideia, bom seria se com a morte do corpo físico colocássemos um ponto final em tudo, porém não é assim, morre o corpo permanece o espírito com suas tendências, angustias, magoas e outros sentimentos provocando o desejo de vingança. Vamos raciocinar um pouco conforme nos orienta a doutrina consoladora, na questão 23  do livro dos espíritos Kardec interroga aos espíritos o que são espíritos? E esses respondem que é o princípio inteligente do universo . Logo podemos concluir que o espírito não é matéria e sim energia, e, energia não morre. Portanto se não morre continua existindo mesmo depois da falência da matéria a qual estava ligado, e permanece com todas suas tendências,  negativas e positivas, tentando de todas as formas atender seus desejos.
Assim vamos entrar em outra área que tão bem nos esclarece a doutrina espírita, as influências espirituais, sendo essas negativas são classificadas como obsessões, problema de difícil diagnóstico devido à variedade com que pode se apresentar. As obsessões podem ser classificadas como ATIVA (quando o espírito obsessor tem consciência de sua ação.)       PASSIVA (quando o espírito age sem consciência do que faz, apenas por afinidade)             FÍSICA  (quando a influência atinge a vítima em seu estado físico, provocando doenças diversas.)  PSIQUICA (a ação desta vez atinge somente a área psicológica do ser, provocanado ai diversos desarranjos.) indiferente do local de atuação ou forma as obsessões podem ser classificadas em três grupos distintos:
1º)  SIMPLES -  quando as influências não tem tanta importância, não prejudicando de maneira ostensiva as vítimas.                                                                                                                                    2º)  FASCINADOS  neste grupo entra todos aqueles que sofrem as influências, agem de acordo com a sugestão dos inimigos e acreditam estarem agindo de maneira correta e coerente, todos em sua volta percebem que está errado, mas só ele acredita estar certo.                                     3º)  SUBJUGADOS OU POSSESSOS -  aqui a influência é completa e todas as ações da vítima são coordenadas pelo algoz, levando a pessoa a uma exposição ridícula, causando-lhe diversos tipos de constrangimentos.
Ficamos refletindo e interrogando como se livrar de um inimigo que não podemos ver, nem ouvir, nem tocar, que pode interferir em nossa forma de pensar, sentir e agir parece muito difícil, até mesmo impossível, mas quando temos comportamento coerente com os ensinamentos do evangelho nada fica difícil e todo mal tem cura, especificamente neste ambiente dos inimigos desencarnados.  JESUS nos recomenda através do evangelho de Mateus 5,25 (concilia-te depressa com teu adversário, enquanto estas no caminho com ele.), mas quando nossa atitude não permitiu conciliar conforme a sugestão de Jesus e criamos um problema pela falta de observância dessa instrução ainda há uma outra orientação que certamente irá auxiliar. Ver em Mateus 18,21(até quantas vezes devemos perdoar o irmão que peca contra mim, seria sete vezes? Não te digo sete vezes, mas setenta vezes sete.)
 Observando essas orientações e colocando-as em prática certamente não teremos inimigos em nossa caminhada evolutiva e poderemos prosseguir sem os embaraços dos malfeitores de plantão.
“Evangelho não é só para ler, é para sentir e vivenciar.”
Abraços  do Amigo Geraldo – MAIO/2012