A SAÚDE DO CORPO
Muitos segmentos religiosos desde
tempos antigos e ainda na atualidade, baseados no conto bíblico de que Abraão
ofereceu seu filho Isaac em sacrifício a Deus no monte Moriá, promovem aos seus
seguidores a crença da necessidade de sacrifício do corpo para libertação das
faltas cometidas sendo assim, agradáveis a Deus. Esses praticantes certamente acreditam estarem
agindo corretamente, porém, acreditam por ignorância, apoiados apenas na ideia
de supervalorização do espírito que sobreviverá à morte do corpo. Devemos sempre
pautar pela cautela e bom senso nessas questões. O corpo, embora após a experiência temporária
da existência física, fatalmente se destruirá obedecendo a organização da lei
natural. Não podemos colocá-lo na condição de mero objeto de pouca importância,
pois trata-se de um perfeito instrumento ao serviço da providência divina a
desenvolver as habilidades do espírito no seu projeto de aprendizado. Nesse
sentido, devemos cuidar em todos os momentos da saúde e bem estar deste,
procurando manter o completo equilíbrio do mesmo, passando, dessa forma,
sensações positivas ao espírito que se encontra temporariamente fazendo uso
desta morada.
Quando viajamos e vamos nos
hospedar em um hotel procuramos um ambiente arejado, limpo e confortável. Não
sendo assim, nos sentiremos desconfortáveis e bem rápido queremos retornar ao
lar, local tão aprazível. Neste raciocínio, para que o espírito cumpra e
complete seu projeto diante de uma experiência reencarnatória com maior
disposição e prazer, conscientizemos de que a morada, embora provisória, necessita
estar em ordem, confortável e, para isso, precisa de cuidados. Se quisermos
fazer sacrifícios, para uma possível “libertação”, que seja de ordem mental e
moral, procurando calar os desejos viciosos menos dignos, onde cometemos
diversos exageros, alimentando quedas onde nossos espíritos já se encontram
mergulhados a milênios. Desta forma, estaremos desprendendo-nos dos domínios do
orgulho, curando doenças iniciadas pelo mau uso da lei de livre arbítrio e
verdadeiramente nos libertando do mal que existe em nós.
Cuidemos sim do espírito, mas sem
deixar cair em esquecimento os cuidados básicos do corpo.
Como estudo complementar consultar o Evangelho Segundo o Espiritismo,
capítulo XVII, item 11.
Muita paz a todos.
Abraços fraternais do amigo
Geraldo – Junho/2012.
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